quarta-feira, 28 de maio de 2008

O futuro dos negócios é grátis?

Li na HSM nº 68 a matéria “Por que o futuro dos negócios é grátis”, e fiquei pensando em uma maneira de aplicar a idéia no setor de alimentação. Ainda não encontrei a resposta, mas achei o tema muito atraente. Ofereça celulares grátis e venda serviços de operadora, distribua aparelhos de gravação de dvd e cobre taxa de instalação e mensalidade, disponibilize musica na internet e cobre pelos shows, são exemplos do que os economistas chamam de “subsídio cruzado”. A internet é o melhor lugar para entender esse mundo de coisas grátis. As discussões sobre cobrar ou não pelos serviços na web estão acabando, uma prova é que em 2007 o The New York Times liberou seu conteúdo e este ano o Wall Street Journal deve fazer o mesmo. Fora da web, por mais que se fale do aumento de preços, estamos cercados por forças que os empurram para baixo. No caso dos alimentos há 40 anos, um dos problemas americanos era a fome, hoje é a obesidade. Roupas e sapatos eram caros, hoje é possível comprar uma camiseta por menos que custa uma cerveja. No setor de alimentos, o “subsídio cruzado” é utilizado no caso de bebidas subsidiarem as comidas, e no longínquo século 19 um restaurante de São Francisco servia refeições grátis para quem pedisse pelo menos uma cerveja. Refeição grátis não significa necessariamente que a comida está sendo distribuída ou será paga em outro momento – pode significar que outra empresa que tem interesse nesse público, está bancando a conta. Este modelo não serve para todos mercados, pode servir para alguns tipos de serviços de alimentação, pode ser adaptado parcialmente para outros, mas o importante é questionar o modelo atual e refletir sobre novas possibilidades de negócios em um futuro próximo.

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